Quando Seleção brasileira feminina entrou em campo no Etihad Stadium, em Manchester, a torcida de 37.460 pessoas já sentia que o jogo seria mais que um simples amistoso: Brasil precisava provar que a recém‑conquistada Copa América Feminina poderia ser convertida em moral para o Campeonato Mundial Feminino 2027Brasil e Argentina. O duelo contra a seleção inglesa feminina, atual bicampeã da Eurocopa Feminina 2025Inglaterra, terminou 2 a 1 a nosso favor, mesmo depois de ficar com dez jogadoras por quase todo o segundo tempo.
Contexto histórico e motivação
O amistoso, marcado para 25 de outubro de 2025 às 13h30 (horário de Brasília), foi a primeira partida oficial de Arthur Elias, técnico da Seleção brasileira feminina após assumir o cargo em 20 de março de 2025. Ele substituiu Pia Sundhage, demitida em 12 de março, num momento de reconstrução que já começava a dar sinais de vida com a vitória na Copa América.
Do lado inglês, a treinadora Sarina Wiegman buscava refinar o elenco que havia vencido a Eurocopa duas vezes consecutivas (2022 e 2025). A partida serviu, portanto, como teste de novos testes táticos antes do Mundial, que será co‑organizado pelos vizinhos Brasil e Argentina – decisão aprovada pela FIFA em reunião extraordinária no dia 15 de setembro de 2025.
Detalhes da partida
Logo aos 9 minutos, Eduarda Tissiani Sampaio, mais conhecida como Dudinha lançou um passe milimétrico para Beatriz Zaneratto João, que encontrou o fundo da rede, marcando seu primeiro gol após 1 ano e 7 meses de ausência da seleção.
No minuto 17, a mesma Zaneratto interceptou a meia inglesa Ella Toone e, num contra‑ataque relâmpago, entregou a bola para Dudinha ampliar o placar. A confiança parecia estar do lado brasileiro, quando, aos 20 minutos, a volante Angelina Bonfim de Souza recebeu o vermelho ao impedir uma clara chance de gol dentro da área, segurando a adversária dentro da grande área. O Brasil passou a jogar com dez jogadoras e, ainda assim, aguentou a pressão.
O segundo tempo trouxe a reação inglesa: aos 6 minutos, Georgia Stanway converteu de pênalti após uma derrubada de Beth Mead dentro da área. A goleira Lorena dos Santos tentou o canto, mas não foi suficiente.
O árbitro principal, a norte‑americana Natalie Simon, contou ainda com assistentes Jennifer Garner e Tiffini Turpin, além do VAR supervisionado por Ramy Touchan.
No fim, a partida terminou 2 a 1, com os brasileiros mantendo a vantagem apesar da expulsão e dos cartões amarelos distribuídos a Alessia Russo (Inglaterra), Isa Haas (Brasil), Millie Bright (Inglaterra), Le Tissier (Inglaterra) e Ary Borges (Brasil).
Reações dos técnicos e avaliação dos especialistas
Arthur Elias, ao ser questionado, destacou a importância da resiliência: "Jogar com dez não é fácil, mas mostrou que nosso elenco tem profundidade e coragem. Cada jogadora entrou em campo sabendo o que está em jogo para o Mundial de 2027".
Sarina Wiegman reconheceu o desempenho brasileiro: "Eles foram mais efetivos nas oportunidades que criaram. Perdemos o pênalti, mas a partida nos deu indicações claras de onde precisamos melhorar, principalmente na concentração defensiva".
O narrador Jorge Iggoy, da GE Television, comentou após o apito final: "É uma enorme moral para o caminho ao Mundial de 2027. Bater a campeã da Europa neste ciclo demonstra que o Brasil está no caminho certo".
Impactos para o Mundial Feminino 2027
Com a vitória, o Brasil enviou um sinal forte à comunidade internacional: o país não só será anfitrião, mas também concorrente de peso. A vitória reforça a confiança da diretoria da CBF na estratégia de Elias, que conta com jogadores experientes como Ary Borges e jovens promissoras como Isabela.
Além disso, a partida trouxe à tona a questão da arbitragem. O vermelho de Angelina e o pênalti concedido levantaram questionamentos que a comissão técnica brasileira prometeu levar à FIFA, visando evitar situações semelhantes no Mundial.
Próximos passos e calendário
Nos próximos meses, a Seleção brasileira feminina tem previsto um segundo amistoso contra a França em março de 2026, seguido de um torneio de preparação em junho na América do Sul. Já a Inglaterra planeja uma fase final de treinamentos na Holanda antes de iniciar as eliminatórias sul‑americanas em julho de 2026.
Para os torcedores, o espetáculo em Manchester ficou marcado não só pelo placar, mas também pela exibição de tatuagens temporárias de Outubro Rosa nas jogadoras brasileiras, reforçando a campanha de prevenção ao câncer de mama.
Conclusão
Em suma, a vitória por 2 a 1 contra a bicampeã da Eurocopa, mesmo com um jogador a menos, demonstra que o Brasil está pronto para enfrentar os desafios do Mundial de 2027. O momento de reconstrução parece ter encontrado seu ponto de partida, e a torcida já pode sonhar com um futuro ainda mais brilhante para o futebol feminino nacional.
Perguntas Frequentes
Como essa vitória afeta as chances do Brasil no Mundial 2027?
A vitória contra a atual bicampeã da Eurocopa eleva a confiança da equipe e demonstra que o Brasil pode competir em alto nível, o que pode influenciar positivamente a fase de classificação e a postura dos adversários nas próximas eliminatórias.
Quem foram os destaques individuais da partida?
Dudinha abriu o placar e ampliou, enquanto Bia Zaneratto marcou o primeiro gol e provocou a falta que resultou no pênalti inglês. Também se destacou a goleira Lorena, apesar da derrota.
Qual foi a reação da imprensa inglesa ao resultado?
A mídia inglesa reconheceu a qualidade tática do Brasil e apontou a necessidade de melhorar a concentração defensiva, especialmente nas situações de pênalti e nas transições rápidas do adversário.
O que motivou a campanha do Outubro Rosa nas jogadoras?
As atletas exibiram tatuagens temporárias em apoio à campanha de conscientização sobre o câncer de mama, reforçando o compromisso social do futebol feminino brasileiro com causas de saúde pública.
Quais são os próximos adversários da seleção brasileira antes do Mundial?
A próxima partida oficial será contra a França, marcada para 12 de março de 2026, seguida de um torneio de preparação na América do Sul em junho, onde o Brasil enfrentará Argentina, Chile e Colômbia.
12 Comentários
Parabéns, meninas! Foi incrível ver a determinação de vocês mesmo com dez jogadoras. Cada lance mostrou o crescimento da equipe. Continuem assim, o Mundial 2027 está logo ali.
A partida transcendeu a mera competição, configurando-se como um espetáculo de excelência táctica onde a sinergia brasileira sobrou em cada toque, evidenciando a supremacia do estilo de jogo latente.
Jogar com dez não é desculpa; a equipe provou que a resiliência está no DNA da seleção e que todas têm espaço para brilhar.
É muito legal ver o Brasil mostrando seu talento no coração da Inglaterra, trazendo não só futebol, mas também a energia contagiante da nossa cultura para o Etihad, e ainda espalhando a campanha do Outubro Rosa que chegou com tudo!
Ah, que surpresa, Brasil vence a bicampeã e todo mundo fica em choque.
Claro, foi porque a Inglaterra fez mil reclamações ao árbitro, né?
A sinalização vermelha na Angelina foi só mais um detalhe de roteiro.
Os gols da Dudinha foram tão fáceis que quase dá um cochilo de tédio.
O pênalti do Stanway? Um presente de Natal para a torcida inglesa.
A goleira Lorena? Ah, ela tentou, mas não era hora de brilhar.
A diretoria da CBF deve estar aplaudindo de pé, achando que descobriu o segredo da vitória.
Os cartões amarelos distribuídos pareciam confete em festa de aniversário.
E a campanha do Outubro Rosa? Só mais um adereço de marketing para encher o bolso.
A verdade é que o time jogou só porque tava cansado de ser deixado de lado.
A pressão dos 37 mil torcedores? Só fez o time ficar mais “zen”.
E ainda tem gente que reclama da arbitragem, como se fosse a culpa de alguém.
Mas o melhor de tudo foi ver a Argentina ficar de olho, querendo copiar o esquema.
É isso aí, Brasil mostrou que pode ganhar mesmo com dez, ou seja, sem dó.
No fim, a vitória foi mais sobre espetáculo do que sobre futebol de verdade.
Enfim, parabéns às jogadoras por fazerem o que tinham que fazer, sem muito esforço.
A partida no Etihad não foi apenas um amistoso, foi um verdadeiro intercâmbio cultural entre dois continentes. Enquanto as brasileiras exibiam tatuagens do Outubro Rosa, mostravam ao público inglês a força de causas sociais que transcendem o esporte. A música que ecoou nas arquibancadas, misturando ritmos brasileiros, trouxe uma atmosfera de festa ao estádio. Além disso, a presença de árbitras internacionais destacou o comprometimento da FIFA com a igualdade de gênero. Esse encontro reforça como o futebol pode servir de ponte para diálogos globais.
Que jogada emocionante! Ver a seleção segurar a vantagem com apenas dez atletas foi de arrepiar. A torcida vibrou a cada contra-ataque, e a cobrança de cada jogadora foi pura poesia em campo. Essa vitória é um capítulo épico que nos lembra que o coração do Brasil pulsa forte no futebol feminino. Continuemos a apoiar esse time incrível rumo ao Mundial!
É fundamental que o esporte continue sendo veículo de empoderamento e respeito à igualdade de gênero.
Sério, aquele vermelho na Angelina foi pura frescura da arbitragem, ainda bem que a gente tem jogadoras que sobrevivem à pressão.
Do ponto de vista tático, a escolha de Arthur Elias de manter a pressão alta mesmo com dez foi crucial; ao fechar as laterais, a equipe criou espaços para a Dudinha explorar, resultando nos dois gols decisivos. Além disso, a gestão dos cartões amarelos mostrou um preparo mental impressionante, já que manter a concentração sob desvantagem exige disciplina. Essa estratégia pode servir como modelo para futuras partidas de preparação antes do Mundial.
Se a vida é um jogo, então a arbitragem parece aquele amigo que chega atrasado e rouba a cena, né?
Mas claro, todo mundo sabe que drama faz parte do espetáculo, então a gente aceita o caos como parte da beleza do futebol.
Será que a escolha de iniciar o terceiro tempo com um pressing mais agressivo ajudou a controlar a posse inglesa? Essa decisão pode revelar muito sobre a confiança do técnico na reserva do elenco.