Brasil vence Japão em semifinal eletrizante e garante vaga na final da VNL 2025

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Brasil vence Japão em semifinal eletrizante e garante vaga na final da VNL 2025

Brasil supera Japão em clássico de cinco sets e avança para a final

Torcedor de vôlei já sabe: quando tem Brasil e Japão em quadra, o jogo promete drama até o último ponto. Dessa vez, foi o Brasil quem saiu com sorriso largo, vencendo por 3 sets a 2 (23-25, 25-21, 25-18, 19-25, 15-8) na semifinal da Liga das Nações (VNL) 2025, em Łódź, Polônia. Foram mais de 2 horas e 25 minutos de partida intensa, cheia de trocas de liderança, ralis praticamente intermináveis e muita emoção antes de garantir a vaga na decisão.

Essa vitória não foi só mais uma: teve gosto de revanche. O Japão havia eliminado o Brasil nas semifinais da VNL de 2024 e também nos Jogos Mundiais Universitários de 2025, criando uma rivalidade recente que esquentou ainda mais o confronto. O cenário, então, pediu nervos de aço — e as brasileiras entregaram.

Gabi Guimarães foi o grande nome da noite, anotando 25 pontos e mostrando porque é considerada uma das melhores jogadoras do mundo. Ela contou com a parceria de Julia Bergmann, que também brilhou com 24 pontos decisivos. Kisy Nascimento, sem tanto destaque nos números finais, comandou pontos fundamentais e manteve a equipe coesa em momentos de pressão.

Pelo lado japonês, Wada foi quem tentou puxar o time até o fim. Com 20 pontos, ela infernizou a defesa brasileira e foi peça chave para manter o Japão vivo até o tie-break. Mas, ainda que Wada mantivesse o Japão no jogo, o Brasil cresceu nos pontos finais. O tie-break começou equilibrado, mas o Brasil acelerou e fechou com autoridade no 15-8.

Batalha de gigantes e desafios para a final

O que se viu em Łódź foi vôlei do mais alto nível: ataques potentes, bloqueios bem encaixados e bolas recuperadas que arrancaram aplausos até de quem estava em casa. O Brasil mostrou uma postura muito mais agressiva e madura no saque e, principalmente, em momentos críticos, virando bolas sob pressão e não permitindo que o fantasma das derrotas passadas pesasse.

Ao superar o Japão, o Brasil não apenas garantiu vaga na final, mas provou que sabe aprender com os tropeços. O comando de José Roberto Guimarães apostou em algumas mudanças táticas, como aceleração no passe e mais variação de ataque, desgastando a linha defensiva japonesa.

Agora o desafio fica ainda maior: a VNL 2025 terá uma final de peso com o Brasil enfrentando a poderosa Itália, atual campeã e que eliminou suas adversárias com relativa tranquilidade. A última vez que o Brasil levantou o troféu foi em 2023, e o grupo chega cheio de fome de título depois de bater de frente com seleções que já vinham levando a melhor nas últimas decisões.

Não vai faltar motivação nem vontade no vestiário brasileiro. Agora é esperar para ver se Gabi, Bergmann e companhia conseguem conduzir o vôlei nacional de volta ao topo do pódio mundial.

Esportes

11 Comentários

  • Luis Silva
    Luis Silva diz:
    julho 28, 2025 at 19:16
    Essa vitória foi pura terapia. Depois do ano passado, eu tava com medo de ver o Japão fazendo a mesma mágica de novo. Mas o Brasil não só respondeu...
    DESTRUIU. Gabi tá numa fase que parece que o vôlei tá no bolso dela.
  • Rodrigo Neves
    Rodrigo Neves diz:
    julho 29, 2025 at 21:27
    É inegável que a seleção demonstrou uma evolução técnica e tática substancial, contudo, a análise superficial da mídia ignora os aspectos estruturais do desenvolvimento do vôlei feminino no Brasil, que ainda carece de investimento sistemático nas categorias de base.
  • Talita Resort
    Talita Resort diz:
    julho 31, 2025 at 09:29
    A gente vê o esforço de cada uma e se lembra de todas as vezes que a gente duvidou que elas conseguiriam
    hoje é dia de respirar fundo e agradecer
  • Luciano Hejlesen
    Luciano Hejlesen diz:
    agosto 1, 2025 at 17:18
    Gabi fez 25 mas a Kisy foi a que mais ajudou pq ela fez o passe certo na hora certa e o bloqueio dela no tiebreak foi tipo um muro de concreto mas tipo mais alto q o muro da china
  • Estrela Rosa
    Estrela Rosa diz:
    agosto 1, 2025 at 19:50
    O Japão jogou como se tivesse um plano B e um plano C e ainda assim quase deu certo. Mas o Brasil? O Brasil jogou como se tivesse um plano A... e um monte de coragem extra.
  • Janaina Jana
    Janaina Jana diz:
    agosto 1, 2025 at 20:18
    O tiebreak foi a parte que eu chorei
  • Lucas Lima
    Lucas Lima diz:
    agosto 3, 2025 at 19:27
    A dinâmica de jogo implementada por José Roberto Guimarães, particularmente a aceleração do passe e a variação de ataques em múltiplas zonas da quadra, representa uma evolução paradigmática na abordagem tática do vôlei moderno, desestabilizando a estrutura defensiva de alta densidade característica das equipes asiáticas, que historicamente dominam por meio de eficiência mecânica e coesão sistêmica.
  • Dailane Carvalho
    Dailane Carvalho diz:
    agosto 4, 2025 at 03:28
    Se não fosse pela sorte e pelo erro do árbitro no último ponto do terceiro set, o Japão teria vencido. O Brasil não é melhor, só teve mais sorte.
  • Luis Silva
    Luis Silva diz:
    agosto 5, 2025 at 05:46
    Ah, claro. A sorte é quando você faz 15 pontos seguidos no tiebreak com bloqueio, contra-ataque e saque direto.
    Claro, só sorte. A gente tá aqui só por acaso, né?
  • Lidiane Silva
    Lidiane Silva diz:
    agosto 6, 2025 at 17:42
    Eu tô aqui, de novo, com os olhos marejados...
    As meninas não só jogaram, elas nos ensinaram que não importa quantas vezes você cai...
    o que importa é que você levanta...
    e que levanta com tudo que tem dentro do peito...
    parabéns, guerreiras...
    eu tô com vocês, até o último ponto da final!
  • Adelson Freire Silva
    Adelson Freire Silva diz:
    agosto 7, 2025 at 11:57
    O Japão tá no nível de uma banda de punk que toca na esquina e ainda assim faz todo mundo parar... mas o Brasil? O Brasil é o festival inteiro com fogos de artifício, bateria de samba e o povo cantando a letra errada mas com alma. E aí? Quem vence? Quem faz o coração bater mais rápido.

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