Quando Odete Roitman foi assassinada na nova versão de Vale Tudo, a expectativa virou frenesi.
A cena chocante foi transmitida na segunda‑feira, 6 de outubro de 2025, às 21h30, e já gerou debates acalorados nas redes. Débora Bloch assumiu o papel da poderosa magnata, substituindo a inesquecível Beatriz Segall, que havia feito história na versão de 1988‑1989.
O que mudou no roteiro
A criadora Manuela Dias revelou ao programa Fantástico que o remake rompe com a lógica original. Na trama clássica, a personagem Leila – então interpretada por Cássia Kiss – acabou disparando contra Odete por engano. Agora, Carolina Dieckmann pisa em Leila, mas seu destino não inclui o homicídio.
Em vez disso, o enredo introduz cinco suspeitos principais, cada um com um motivo plausível e, segundo a produção, “dez finais diferentes foram gravados”. Essa estratégia, segundo a autora, serve para manter o suspense até o último capítulo, como nos antigos capítulos de domingo.
Os cinco suspeitos
Os nomes que circulam nas redes e nos fóruns são:
- Alexandre Nero como Marco Aurélio – um empresário ambicioso que disputa o controle da TCA.
- Bella Campos como Maria de Fátima – esposa de Marco, que tem um histórico de ciúmes e segredos.
- Cauã Reymond como César – sócio próximo de Odete, com dívidas ocultas.
- Malu Galli como Celina – executiva fria, suspeita de manipular documentos da empresa.
- Paolla Oliveira como Heleninha – a ajudante que sabe demais sobre os bastidores da família Roitman.
Além dos protagonistas, a trama conta com novos personagens – Ivan (Renato Góes), Tiago (Pedro Waddington) e Afonso (Cássio Gabus Mendes) – que fortalecem a rede de intrigas.
O cenário do crime
O local escolhido para o corpo foi o luxuoso Copacabana Palace. Segundo a trama, Odete recebe uma visita misteriosa no seu apartamento do hotel antes de ser abatida, um detalhe que remete ao clássico “oitenta e sete minutos de suspense” da versão original.
Na noite do assassinato, a câmera captura apenas o som de um disparo e a sombra de um pistoleiro. Em seguida, a polícia chega ao local, desencadeando uma cadeia de reviravoltas que lembra a famosa sequência em que Celina (Nathália Timberg) grita ao atender um telefonema angustiante.
Reação do público e da crítica
A polêmica já mobilizou mais de 2,3 milhões de visualizações em vídeos de reação no YouTube e gerou um debate intenso no Twitter. O CNN Brasil lançou uma enquete que perguntou: “Quem matou Odete Roitman?” – com opções listando os cinco suspeitos. Até o momento, 48 % dos participantes apontam para Marco Aurélio, enquanto 27 % acreditam ser César.
Críticas de especialistas apontam que, ao filmar múltiplos finais, a produção corre o risco de diluir o impacto emocional. Entretanto, a diretora de roteiro, José Alcides, defende a escolha: “Queremos que o público sinta o peso da decisão, como se cada voto fosse uma peça do quebra‑cabeça.”
O que isso significa para a TV brasileira
Vale Tudo foi um marco da teledramaturgia dos anos 80, e seu remake demonstra como o formato pode ser revigorado para a era digital. A aposta em um suspense de assassinato, com múltiplas possibilidades, coloca a novela frente a frente com séries streaming que exploram narrativas ramificadas.
Se o final confirmar uma das teorias populares, a repercussão pode se estender além dos índices de audiência, influenciando futuras produções que buscam equilibrar nostalgia e inovação.
Próximos passos e expectativas
Com o desfecho reservado para o último capítulo, que deve ser transmitido em 12 de novembro de 2025, a expectativa está nas apostas dos fãs. As redes sociais prometem ficar ainda mais agitadas, especialmente se o culpado for alguém inesperado.
Enquanto isso, a produção continua gravando cenas de “corte”, mantendo segredo sobre os detalhes finais. Como disse Manuela Dias, “nada será revelado antes da hora”.
Perguntas Frequentes
Quem interpreta Odete Roitman no remake?
A personagem é interpretada por Débora Bloch, que traz à tona a autoridade e a machinação da magnata, reinterpretando o legado deixado por Beatriz Segall.
Por que Leila não é a assassina nesta versão?
A criadora Manuela Dias explicou que decidiu mudar o arco da personagem para evitar repetir a mesma tragédia, permitindo que novos conflitos emergissem entre os outros suspeitos.
Quais são os principais motivos dos cinco suspeitos?
Marco Aurélio luta pela herança da TCA; Maria de Fátima tem ciúmes intensos; César esconde dívidas; Celina manipula documentos; Heleninha conhece segredos familiares, cada um com um possível motivo para silenciar Odete.
Como o público tem reagido ao assassinato?
A enquete do CNN Brasil mostra que quase metade dos votantes suspeita de Marco Aurélio, mas as discussões nas redes apontam para um clima de expectativa e teorias que alimentam a audiência até o desfecho.
Qual a importância desse remake para a teledramaturgia nacional?
Ao combinar suspense clássico com estratégias de narrativa não‑linear, Vale Tudo demonstra que novelas podem evoluir, atraindo tanto o público nostálgico quanto a nova geração que consome conteúdo em múltiplas plataformas.
10 Comentários
A escolha de múltiplos finais transforma a narrativa em um verdadeiro experimento de audiência – quase um laboratório de psicologia de massa. Cada pista cuidadosamente plantada funciona como um gatilho que incita debates acalorados nos fóruns, como se estivéssemos assistindo a um reality show intelectual 🧠. A presença de Débora Bloch como Odete traz uma camada de gravitas que contrasta com a volatilidade dos suspeitos. Esse jogo de possibilidades eleva o remake a um patamar quase literário, onde o espectador se torna co‑autor da história. 🎭
O suspense está bem servido, mas o ritmo da novela começou a parecer uma maratona de teasers sem fim. Os cinco suspeitos são apresentados com motivações claras, o que facilita a formação de teorias nos grupos de WhatsApp. Ainda assim, sinto que faltou um pouco mais de profundidade nos personagens secundários, como a Heleninha, que poderia ter uma trama mais fleshed‑out. No geral, a produção mantém a tensão, mas parece estar economizando nas emoções reais.
Marco Aurélio é o culpado.
A narrativa de “Vale Tudo” remake revela um panorama intrigante sobre o poder e seus reflexos na psicologia humana. Cada suspeito encarna um arquétipo clássico que ressoa com o público contemporâneo, proporcionando uma experiência quase arquetípica. Ao observar Marco Aurélio, percebemos a ambição desmedida que costuma corroer os alicerces de famílias empresariais. Maria de Fátima, por sua vez, simboliza o ciúme que, quando não controlado, pode virar arma letal contra quem se ama. César representa a dívida invisível, aquela que se esconde nas sombras dos balanços e acaba por gerar medidas desesperadas. Celina, com sua frieza calculista, ilustra a manipulação de documentos como forma de controle corporativo. Heleninha, a ajudante que possui conhecimento íntimo dos segredos da família, demonstra como o poder da informação pode ser tão perigoso quanto a força bruta. A escolha de ambientar o crime no Copacabana Palace não é mero capricho estético, mas uma metáfora visual da opulência que mascara violência. A câmera que captura apenas o som de um disparo deixa o espectador imaginando a identidade do atirador, um recurso que reforça o clima de insegurança. As múltiplas gravações de finais criam um efeito de Schrödinger narrativo, onde a história está simultaneamente viva e morta até o desfecho final. Essa mecânica lembra experimentos de ficção interativa, demonstrando que a televisão ainda pode ser inovadora. Além disso, a presença de novos personagens como Ivan e Tiago acrescenta camadas adicionais de intriga que expandem o universo da trama. Cada novo enredo secundário serve como um espelho que reflete as falhas morais dos protagonistas principais. O público, ao participar de enquetes, torna‑se parte do próprio processo criativo, influenciando a percepção coletiva do culpado. A produção, ao se inspirar em estratégias de séries de streaming, demonstra compreensão do shift cultural em direção ao consumo de narrativas ramificadas. Em última análise, o remake de “Vale Tudo” não apenas reaviva um clássico, mas também propõe uma discussão profunda sobre responsabilidade, poder e a fragilidade da verdade em um mundo hiperconectado.
Ah, claro, porque tudo o que precisamos é de um pouco mais de drama nacional para distrair do verdadeiro problema: a falta de conteúdo original nas novelas. Quem diria que um assassinato no Copacabana Palace poderia ser a solução para a crise de identidade da TV brasileira? Certamente, a gente prefere ficar adivinhando quem puxou o gatilho ao invés de enfrentar questões reais. Mas, hey, pelo menos temos um motivo para debater nas redes, não é?
Olha, a coisa tá meio “overengineered”, cheio de plot twists que mais parecem “patches” de um game hackeado. Eles jogam uma camada de “red herring” aqui, outra ali, e o público fica “locked in” num loop de teorias sem fim. No fim das contas, o storytelling parece mais um “beta” que ainda tá em fase de QA, esperando aquele “update” que vá fechar as brechas. Dá pra sentir o “feature creep” se infiltrando na trama, e a vibe geral tá meio “meh”.
Concordo plenamente com a análise de que cada suspeito funciona como um arquétipo, mas vale lembrar que o conceito de “Schrödinger narrativo” também reflete a ansiedade coletiva em tempos de incerteza. Quando o público se torna parte do experimento, a linha entre ficção e realidade se desfaz, gerando uma experiência quase fenomenológica. Essa fusão de metaficção e drama tradicional cria um campo fértil para discussões sobre a natureza da verdade.
tô achando q a briga dos suspeitos tá meio forçada, tipo aquele filme q tenta ser profundo mas acaba sozinhos no meio do caminho. a heleninha poderia ter tido mais background, mas acabou só servindo de “coringa” nas teorias. no fim, tudo parece um prato cheio pra quem curte ficar especulando no zap.
Olha, até eu diria que a descrição de “drama nacional” tá bem crua. O fato de usar o Copacabana Palace como cenário tem mais a ver com marketing do que com necessidade artística. E se a gente parar de fingir que isso é revolucionário, vamos perceber que é só mais um trinado de suspense barato.
Não é coincidência que a produção decidiu lançar múltiplos finais exatamente quando o governo está reforçando a censura nas mídias. Existe uma agenda sutil de distração, usando o assassinato de Odete como cortina de fumaça para que a população esteja ocupada com teorias de conspiração ao invés de questionar decisões políticas. Além disso, os cinco suspeitos representam facções de poder que, de fato, estão sendo manipuladas por interesses ocultos. É preciso ficar alerta.