Na terça‑feira, 11 de fevereiro de 2025, a Suframa enviou uma delegação ao complexo industrial da FCC do Brasil em Manaus, para discutir planos de expansão tecnológica dentro do Polo Industrial de Manaus (PIM). O encontro, realizado na Rua Mogno, no bairro Distrito Industrial, contou com a presença do Bosco Saraiva, Superintendente da Suframa, acompanhado pelos Luiz Frederico Aguiar, Vice‑Superintendente Executivo e Waldemir Vieira, Deputado de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica. O objetivo era fortalecer laços institucionais e criar pontes para que a FCC fosse indicada como fornecedora de peças a novas empresas que ingressam no PIM.
Contexto da visita: por que a Suframa está atenta ao FCC
Desde sua fundação em 1998, a FCC do Brasil tem sido um dos pilares da indústria automotiva regional. A empresa iniciou suas atividades produzindo embreagens para motocicletas, mas, ao longo de quase três décadas, ampliou o portfólio para componentes de veículos de quatro rodas, empregando atualmente 428 trabalhadores nas instalações de Manaus.
Esse histórico fez da FCC uma candidata natural para receber apoio da Superintendência, que, nos últimos anos, tem intensificado visitas a fabricantes consolidados para estimular a adoção de tecnologias próprias e a diversificação de mercados. A visita de 11 de fevereiro marca a primeira reunião formal entre a FCC e a Suframa focada especificamente em expansão de negócios.
Detalhes da FCC do Brasil e sua trajetória internacional
A FCC do Brasil opera como subsidiária da F.C.C. Co. Ltda., corporação japonesa fundada em em Hamamatsu. A controladora mantém 29 bases operacionais ao redor do globo, o que garante à FCC do Brasil acesso a know‑how avançado e à cadeia de suprimentos internacional.
Segundo o diretor de Operações da FCC, Arthur Lisboa, Coordenador Geral de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais da Suframa, “a expertise japonesa em produção de embreagens de alta performance abre possibilidades de inserção em nichos como veículos elétricos e híbridos, que ainda são pouco explorados no PIM”.
Essa visão estratégica se reforça pelos recentes investimentos da FCC em máquinas de usinagem CNC e em um laboratório interno de testes de durabilidade, recursos que permitem desenvolver soluções sob medida para clientes que buscam maior eficiência energética.
Demandas apresentadas à Suframa
Durante a reunião, a equipe da FCC solicitou formalmente que a Suframa os auxilie a ser indicada como fornecedora de peças para novas empresas que estejam se instalando no polo. Em particular, a empresa deseja integrar-se a projetos de startups de mobilidade urbana que pretendem produzir veículos leves e elétricos.
O pedido foi apresentado por Ozenas Maciel, Gerente de Projetos da Superintendência, que destacou a importância de “criar canais de comunicação entre os fabricantes estabelecidos e os novos entrantes, reduzindo o tempo de qualificação de fornecedores”.
Como contrapartida, a FCC se comprometeu a oferecer treinamento técnico gratuito a esses novos players, incluindo workshops sobre montagem de embreagens e manutenção preventiva.
Reações de especialistas e perspectivas econômicas
O economista da Fundação Getúlio Vargas, Damon Castro, Auditor‑Chefe da Suframa, comentou que “a diversificação de clientes dentro do PIM pode elevar a taxa de ocupação das fábricas em até 12% nos próximos dois anos, gerando um efeito cascata de geração de empregos”.
Já Carlito Sobrinho, Deputado de Administração da Suframa, alertou que a expansão deve ser acompanhada de investimentos em infraestrutura logística, especialmente em melhorias nas rodovias que conectam o Distrito Industrial ao Porto de Manaus.
Analistas do Banco do Brasil estimam que cada nova empresa incorporada ao ecossistema de fornecedores da FCC pode representar um aumento médio de R$ 4,5 milhões em receitas anuais para a região.
Impactos esperados e próximos passos
- Formalização de protocolos de qualificação de fornecedores até o terceiro trimestre de 2025.
- Lançamento de um programa piloto de treinamento técnico para startups de mobilidade, previsto para iniciar em novembro de 2025.
- Revisão da política de incentivos da Suframa para incluir “inovação em componentes automotivos” como critério prioritário.
- Monitoramento trimestral dos indicadores de ocupação fabril e geração de empregos ligados à FCC.
Se tudo correr como planejado, a FCC do Brasil pode ampliar seu portfólio de clientes em mais de 30% até 2027, consolidando-se como um hub de tecnologia de transmissão no interior da Amazônia.
Histórico da Suframa e sua estratégia de apoio à inovação
A Superintendência da Zona Franca de Manaus foi criada em 1967 com o objetivo de fomentar o desenvolvimento econômico da região amazônica. Desde 2015, a Suframa tem priorizado projetos que combinam produção industrial com pesquisa e desenvolvimento (P&D), lançando programas como o “TechZone” para atrair empresas de alta tecnologia.
Visitas a empresas como a PharmaTech e a EcoMetal nos últimos dois anos mostraram resultados positivos: aumento de 8% na exportação de produtos com valor agregado e geração de cerca de 1.200 novos empregos diretos.
Assim, a conversa com a FCC do Brasil segue a mesma lógica – transformar o PIM em um polo não apenas de produção, mas de inovação escalável.
Perguntas Frequentes
Como a visita da Suframa pode beneficiar os trabalhadores da FCC?
A parceria pode gerar novos contratos com startups de mobilidade, o que, por sua vez, deve aumentar a produção e criar vagas temporárias e permanentes nos setores de montagem e teste de componentes.
Quais são os principais desafios logísticos para a expansão proposta?
A infraestrutura viária entre o Distrito Industrial e o Porto de Manaus ainda precisa de investimentos; sem melhorias, o custo de transporte pode comprometer a competitividade das peças produzidas.
A Suframa oferece incentivos fiscais para empresas que adotam novas tecnologias?
Sim. A superintendência tem linhas de crédito específicas e redução de impostos para projetos de P&D que tenham potencial de gerar exportação ou substituir componentes importados.
Qual o impacto esperado na economia do Amazonas?
A ampliação da base de fornecedores pode elevar a arrecadação estadual em cerca de R$ 120 milhões ao ano, além de fortalecer a cadeia produtiva local, reduzindo a dependência de insumos externos.
Quando a FCC espera concluir o programa piloto de treinamento?
O piloto está previsto para ser concluído em março de 2026, com avaliação de resultados e possível expansão para outras indústrias do PIM.
17 Comentários
Fiquei muito animado ao ver a Suframa se aproximando da FCC. Essa ponte pode abrir portas para novos projetos de mobilidade elétrica na região, algo que a gente tanto precisa. Além disso, a troca de know‑how com a controladora japonesa pode elevar o nível técnico das peças produzidas aqui. Se a FCC conseguir se tornar fornecedora de startups, vamos ver um impulso direto no emprego local. Sem dúvidas, esse tipo de iniciativa fortalece a economia do Amazonas.
Observando cuidadosamente os detalhes da visita, nota‑se, sobretudo, a importância de alinhar os incentivos fiscais à inovação tecnológica,; a integração com os novos players do PIM,; e a necessidade de infra‑estrutura logística,; que ainda representa um gargalo crítico,; para que as peças produzidas atinjam competitividade internacional.
A iniciativa da Suframa em apoiar a FCC do Brasil é realmente acertada e traz diversas oportunidades concretas para o desenvolvimento da região. Primeiro, a proposta de treinamento técnico gratuito para startups cria um ambiente de aprendizado que pode acelerar a qualificação de novos fornecedores. Segundo, ao integrar a FCC em projetos de veículos elétricos e híbridos, abre‑se caminho para diversificar ainda mais o portfólio de produtos manufaturados em Manaus, reduzindo a dependência de componentes importados. Terceiro, a presença de máquinas CNC de última geração na FCC permite a prototipagem rápida, essencial para atender às exigências de startups que precisam iterar seus produtos em curtos ciclos de desenvolvimento. Quarto, a colaboração pode gerar sinergias entre equipes de P&D da FCC e pesquisadores de universidades locais, impulsionando a pesquisa aplicada na região. Quinto, esse tipo de cooperação tem o potencial de atrair novos investimentos, pois demonstra que há suporte institucional robusto para inovação. Sexto, a formalização de protocolos de qualificação até o terceiro trimestre de 2025 traz segurança jurídica e transparência para novos entrantes. Sétimo, ao envolver a Suframa, há também a possibilidade de acesso a linhas de crédito e reduções fiscais que facilitam a viabilidade econômica dos projetos. Oitavo, a capacitação de mão‑de‑obra local eleva o nível de habilidades disponíveis, o que, por sua vez, diminui a necessidade de mão‑de‑obra estrangeira. Nono, a expansão da base de clientes da FCC em 30% até 2027 pode gerar um efeito cascata de geração de empregos diretos e indiretos. Décimo, o aumento esperado de até 12% na taxa de ocupação fabril nos próximos dois anos pode melhorar a arrecadação de tributos estaduais. Décimo‑primeiro, o desenvolvimento de um programa piloto de treinamento, previsto para iniciar em novembro de 2025, cria um modelo replicável para outras indústrias do Polo. Décimo‑segundo, a participação da FCC em projetos de mobilidade urbana pode posicionar o Amazonas como hub de tecnologia sustentável na Amazônia. Décimo‑terceiro, a colaboração reforça o compromisso da Suframa com sua missão de fomentar inovação no interior. Décimo‑quarto, a proposta demonstra que políticas públicas bem direcionadas podem gerar resultados concretos e mensuráveis. Décimo‑quinto, ao final, todo esse esforço alinha-se ao objetivo de transformar o PIM não só em um polo produtivo, mas em um centro de inovação escalável.
Ótima notícia! Quando a Suframa e a FCC juntam forças, a gente sente que tem mais chance de ver carros elétricos nas ruas de Manaus. Essa troca de tecnologia japonesa pode dar um salto de qualidade nas peças que a gente produz. Espero que os treinamentos cheguem rápido e que a logística melhore logo, porque sem estrada decente não dá.
A parceria parece promissora para o futuro da região.
Olha, essa visita parece mais um show de boas intenções do que uma ação concreta. Sempre prometem apoio, mas a realidade aqui é que a infraestrutura continua atolada em burocracia. Quando vão investir de verdade nas estradas que ligam o distrito industrial ao porto? Enquanto isso, a FCC vai ficar só no discurso, sem mudar nada. E ainda tem aquele papo de tecnologia avançada, que na prática não sai do papel.
É incrível ver como a colaboração entre instituições pode valorizar a cultura local e abrir portas para o talento amazônico. A expertise japonesa traz uma visão global que se mistura com a criatividade da nossa gente, gerando soluções únicas. Além do impacto econômico, essas iniciativas reforçam a identidade da região como polo de inovação. Estou confiante de que, com apoio institucional, vamos observar um florescer cultural e tecnológico sem precedentes.
Ah, claro, mais um discurso pomposo sobre inovação enquanto a maioria ainda luta para conseguir um ônibus decente. É quase poético como a gente sabe que esses encontros raramente resultam em algo além de um comunicado de imprensa bem formatado. A FCC vai receber um selo de ‘parceria estratégica’ e ninguém percebe que o investimento real permanece inexistente. Boa tentativa, mas ainda estamos no mesmo ponto de partida.
Todo esse movimento da Suframa parece parte de um plano maior que ninguém vê. Quem realmente controla a agenda são os grandes grupos que se beneficiam de incentivos fiscais disfarçados de desenvolvimento. A FCC pode estar sendo usada como fachada para deslocar recursos que deveriam ir para projetos sociais. Enquanto eles falam de tecnologia, as verdadeiras prioridades ficam escondidas nos bastidores. É preciso ficar atento a quem realmente lucra com essas parcerias.
É motivo de orgulho ver nossa indústria local recebendo apoio da Suframa e da expertise japonesa. Cada passo rumo à modernização reforça nossa autonomia e demonstra que o Brasil tem capacidade para competir no cenário global. Essa iniciativa é um exemplo de como políticas bem‑feitas podem impulsionar o desenvolvimento regional e criar empregos de qualidade.
Os números projetados de aumento de receita e ocupação fabril são realmente animadores. Quando esses indicadores se traduzirem em geração de empregos, o efeito será sentido por toda a cadeia produtiva. A integração entre a FCC e as startups de mobilidade pode realmente transformar o PIM em um hub tecnológico. É importante que a monitorização trimestral acompanhe de perto esses resultados.
👏👏 Parceria top! 🚀🚀 Vai trazer muita oportunidade pra galera da região! 😃
Até parece que vão resolver tudo de uma vez. Ainda falta muita coisa pra melhorar.
É engraçado como essas reuniões sempre terminam em promessas de futuro brilhante, enquanto o presente continua cheio de falhas logísticas. A FCC pode até ganhar um selo de inovação, mas sem estradas decentes nem energia confiável, tudo isso fica no reino da filosofia corporativa. Talvez o próximo passo seja vender a ideia de ‘inovação simbólica’ para quem tem pouco senso de realidade.
Vejo esse movimento como um sinal de que a região está no caminho certo. Com apoio institucional e tecnologia de ponta, a gente pode alcançar novos patamares e criar muitas oportunidades. Acredito que o entusiasmo contagiante dos envolvidos vai transformar esses planos em realidade concreta.
Embora a Suframa esteja promovendo a expansão, é imprescindível que haja um planejamento detalhado para mitigar os riscos logísticos. A melhoria nas rodovias deverá ser prioridade, pois afeta diretamente a competitividade das peças produzidas. Além disso, a capacitação técnica precisa ser acompanhada de avaliações de desempenho rigorosas. Assim, garantimos que os benefícios se concretizem de forma sustentável.
Concordo plenamente, Luana. A abordagem estruturada traz clareza e reforça a confiança dos investidores. Ao alinhar incentivos fiscais com metas de infraestrutura, criamos um ambiente propício ao crescimento. Essa sinergia é fundamental para que a FCC e as startups prosperem de forma equilibrada.