Demissão: o que fazer quando o contrato termina
Acabou o contrato, chegou a carta de demissão e você ficou sem saber por onde começar? Respire fundo: a maioria das situações tem solução e você tem direitos garantidos por lei. Neste texto a gente vai explicar de forma simples o que significa cada tipo de demissão, quais são as verbas que você tem que receber e como organizar a busca por um novo emprego.
Tipos de demissão e seus impactos
Existem três formas principais de acabar o vínculo: demissão sem justa causa, demissão com justa causa e pedido de demissão. Na demissão sem justa causa o empregador decide encerrar o contrato sem que você tenha cometido falta grave. Nessa situação, a empresa tem que pagar aviso prévio (ou indenizar), saldo de salário, férias proporcionais + 1/3, 13° salário proporcional, FGTS com multa de 40% e liberação para sacar o fundo.
Já a demissão com justa causa acontece quando o trabalhador comete uma falta grave prevista na CLT, como desídia, abandono de emprego ou ato de improbidade. Nesse caso, o empregado perde o direito à multa do FGTS, ao aviso prévio e ao seguro‑desemprego, recebendo apenas o saldo de salário e férias proporcionais.
Por fim, o pedido de demissão é quando você mesmo decide sair. Você tem direito ao saldo de salário e férias proporcionais, mas perde a multa de 40% do FGTS e o aviso prévio, a não ser que a empresa concorde em pagar a indenização.
Passos pra garantir seus direitos após a demissão
1. Confira a documentação. Exija a carteira de trabalho assinada, o termo de rescisão, o extrato do FGTS e o comprovante de pagamento das verbas. Se algo faltar, peça imediatamente ao RH.
2. Calcule o que é devido. Use uma planilha ou um simulador online: some o salário do mês, as horas extras, o aviso prévio (se houver), férias + 1/3, 13° proporcional e a multa do FGTS. Compare com o que foi depositado no seu extrato do FGTS.
3. Solicite o seguro‑desemprego. Se a demissão foi sem justa causa, você tem direito a até cinco parcelas. O prazo para requerer é de 120 dias após a data de desligamento.
4. Atualize seu currículo. Coloque as competências mais recentes, destaque resultados alcançados e adicione cursos que você fez nos últimos tempos.
5. Use a rede de contatos. Avise amigos, ex‑colegas e recrutadores nas redes sociais que você está aberto a oportunidades. Muitas vagas surgem antes mesmo de serem publicadas.
6. Capacite-se. Cursos gratuitos ou de baixo custo em plataformas como Coursera, Udemy e Senai ajudam a manter o currículo competitivo e a preencher lacunas de habilidades.
7. Cuide da saúde mental. Perder o emprego pode gerar ansiedade, mas manter uma rotina de exercícios, alimentação equilibrada e momentos de lazer ajuda a manter o foco na recolocação.
Seguindo esses passos você evita surpresas desagradáveis e maximiza o que tem direito. Lembre‑se de que a demissão não define sua carreira; ao contrário, pode ser a oportunidade de repensar objetivos e buscar caminhos mais alinhados ao seu potencial.
Se ainda houver dúvidas sobre cálculos ou documentos, procure o sindicato da sua categoria ou um advogado trabalhista. Eles podem revisar a rescisão e garantir que tudo esteja correto antes de você fechar o assunto.
Com informação e organização, o período pós‑demissão pode se transformar em um novo começo. Boa sorte na sua jornada!

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