VAR prolongado e polêmica no empate de Sport e Fortaleza
Ilha do Retiro, Recife, cenário pronto para um confronto que prometia tensão. Só que Sport e Fortaleza entregaram mais polêmica do que futebol, terminando o duelo sem gols e deixando todo mundo falando de outra coisa: o VAR. O árbitro de vídeo precisou de longos 8 minutos analisando o lance que culminou na expulsão de Titi, volante do time cearense, gerando revolta, vaias e muita conversa pós-jogo.
O lance aconteceu no segundo tempo. Titi entrou firme e a arbitragem inicialmente aplicou o amarelo. Chamado pela cabine do VAR, o árbitro passou minutos revendo o lance em câmera lenta antes de decidir pelo vermelho direto. Essa decisão mudou completamente o jogo, com o Fortaleza jogando quase meia hora com um a menos.
No banco, o técnico Juan Pablo Vojvoda teve que se mexer. Veio Zé Welison para segurar o meio, logo depois Pol Fernández e Mancuso tentando recompor uma equipe que já mostrava dificuldades para criar chances claras antes mesmo da expulsão. Do lado do Sport, Pepa demorou a reagir, mas colocou Lenny Lobato e Titi Ortíz, apostando na velocidade para tentar o gol que teima em não sair neste Brasileirão. Apesar da superioridade numérica, o Leão da Ilha trombou com a falta de inspiração, esbarrando na defesa fechada do Fortaleza e também nas próprias limitações técnicas.
Torcida impaciente e jejum histórico do Sport
O clima entre os torcedores presentes era de impaciência. O Sport ainda não venceu na competição: dois pontos em seis jogos, último lugar na tabela, e com atuações que estão longe de empolgar. Não faltou suor na marcação ou tentativa de pressionar após a expulsão de Titi, mas a verdade é que o gol segue sendo uma raridade para o time rubro-negro. Técnicos, jogadores e até diretoria são alvo de críticas.
No Fortaleza, a postura foi pragmática. Um a menos, a ordem era resistir. Mesmo assim, nomes como Lucero, Breno Lopes e Kervin Andrade levaram amarelo, sinal do jogo truncado e truncado. O goleiro João Ricardo, em noite segura, foi um dos destaques, garantindo o ponto fora de casa mesmo sem grandes milagres.
O empate deixou os dois técnicos com trabalho dobrado para justificar o desempenho. Pepa, fiel ao discurso de valorização do grupo, falou sobre "organização" e "esforço", mas sabe que está no fio da navalha com a torcida. O próximo compromisso é diante do Fluminense no Maracanã, pressão que só aumenta. Já para Vojvoda, as substituições mostram que o elenco do Fortaleza precisa dar resposta rápida para não se desgarrar do pelotão de cima do Brasileirão 2025.
Escreva um comentário