Na tarde de domingo, 19 de outubro de 2025, às 16h00 (horário de Brasília), o Grande Prêmio dos Estados UnidosCircuito das Américas em Austin, Texas, promete ser o mais eletrizante da temporada. Não por acaso — é o momento em que o campeonato de pilotos entra em sua fase decisiva. Oscar Piastri, da McLaren, lidera com apenas 22 pontos de vantagem sobre seu companheiro de equipe Lando Norris. Nada menos que 33 pontos estão em jogo, graças à corrida sprint. E com o título de construtores já garantido para a McLaren, tudo se concentra em quem será o campeão entre os homens ao volante.
Um fim de semana que pode mudar a história
A corrida principal, marcada para domingo, é apenas o clímax de um fim de semana intenso. Na sexta-feira, 17 de outubro, os pilotos já entraram em ação com os treinos livres, seguidos pela classificação sprint às 18h30 (horário de Brasília). A corrida sprint, no sábado, às 14h00, distribuiu pontos cruciais — e foi ali que a tensão entre Piastri e Norris explodiu. Norris terminou em quarto, Piastri em quinto. Um ponto de diferença. A classificação principal, às 18h00 do sábado, definiu a grid de partida para o domingo. E o que se viu foi uma McLaren na primeira fila, com Norris na pole e Piastri em segundo. O cenário perfeito para um duelo interno que pode terminar em lágrimas ou comemoração.Na pista, o clima é de guerra. A McLaren já é campeã de construtores com 650 pontos — impossível de ser ultrapassada. Mas dentro da equipe, o conflito é real. Norris, o veterano, quer provar que ainda tem fôlego para vencer um título. Piastri, o jovem fenômeno de 24 anos, sonha em se tornar o primeiro australiano a levantar a taça desde 2008. E não há espaço para generosidade. A equipe não vai pedir para um deles ceder. A ordem é: corra, ganhe, sobreviva.
Brasil de volta no centro das atenções
Enquanto o mundo observa o duelo britânico-australiano, os olhos do Brasil estão fixos em Gabriel Bortoleto. O jovem de 20 anos, que corre pela Sauber, é o único brasileiro na grid em 2025. E não é um substituto. É titular. A última vez que um brasileiro foi titular na F1 foi em 2021, com Guilherme Samaia em provas de reserva. Bortoleto, que chegou à F1 após vitórias na F3 e F2, é a esperança de um país que vive de sonhos em circuitos. Em Austin, ele larga na 15ª posição — mas com o apoio de uma torcida que sente que o futuro começou.Seu companheiro de equipe, Nico Hülkenberg, o experiente alemão de 37 anos, já venceu corridas em outras categorias. Mas nunca na F1. E agora, em sua 19ª temporada, ele vê em Bortoleto o que talvez nunca tenha tido: um jovem com tudo para ir além. “Ele não tem medo”, disse Hülkenberg após os treinos. “Isso é raro. E é o que faz a diferença.”
Transmissão completa no Brasil: Band, BandSports e F1 TV Pro
No Brasil, o fim de semana será transmitido com riqueza de detalhes. A Band exibirá ao vivo a corrida principal e a classificação principal na TV aberta — uma raridade nos últimos anos. Já a BandSports, na TV por assinatura, levará todos os treinos livres, a corrida sprint e a classificação. Mas quem quer a experiência completa? O F1 TV Pro e o BandPlay oferecem câmeras de cockpit, telemetria oficial e áudio de rádio da equipe. É como estar no pit lane, sem sair do sofá.O ge.globo e o F1MANIA.NET complementam com cobertura em tempo real: textos, gráficos, análises instantâneas. O site do Motorsport.com ainda traz previsões meteorológicas atualizadas: em Austin, o tempo está limpo. Nada de chuva. Temperatura de 34°C ao meio-dia local — o suficiente para derreter pneus e nervos.
As equipes e os carros que encantam
A F1 não é só velocidade. É também arte em movimento. Em Austin, seis equipes trouxeram pinturas especiais. A Haas adicionou estrelas em seu carro, em homenagem ao público americano. A RB (ex-Racing Bulls) estreou detalhes alaranjados, lembrando os anos 80. A Williams voltou ao azul e branco clássico — uma homenagem aos tempos de Senna e Hill. E a Alpine e a Aston Martin fizeram parcerias com seus patrocinadores para criar designs que parecem obras de arte.Na pista, os nomes são de lendas. Max Verstappen, da Red Bull Racing, ainda sonha com o quarto título — mas está a 140 pontos de Piastri. Charles Leclerc e Lewis Hamilton, da Ferrari, tentam manter o terceiro lugar no campeonato de construtores. Fernando Alonso, aos 38 anos, ainda corre como se tivesse 25. E George Russell, da Mercedes, quebrado pela frustração de não vencer desde 2023, quer apenas um pódio. Qualquer um.
O que vem depois?
Se Piastri vencer em Austin, ele se torna campeão com duas corridas de antecedência — e a F1 entra em sua reta final com uma nova estrela. Se Norris vencer e Piastri falhar, o título vai para a última corrida, em Abu Dhabi, em 14 de dezembro. E se um piloto de outra equipe — digamos, Verstappen ou Leclerc — surpreender? Ainda há chances, mas remotas. O foco está mesmo em dois homens, em duas camisas da mesma equipe, em um circuito que já viu histórias de glória e derrota.
Quem são os pilotos da F1 em 2025?
- Alpine: Franco Colapinto, Pierre Gasly
- Aston Martin: Fernando Alonso, Lance Stroll
- Ferrari: Charles Leclerc, Lewis Hamilton
- Haas: Esteban Ocon, Oliver Bearman
- McLaren: Lando Norris, Oscar Piastri
- Mercedes: George Russell, Kimi Antonelli
- RB: Isack Hadjar, Liam Lawson
- Red Bull Racing: Max Verstappen, Yuki Tsunoda
- Sauber: Gabriel Bortoleto, Nico Hülkenberg
- Williams: Alexander Albon, Carlos Sainz
Frequently Asked Questions
Por que o GP dos Estados Unidos tem 33 pontos em jogo?
Por causa da corrida sprint, que distribui 8 pontos ao vencedor, 7 ao segundo, e assim por diante até o oitavo colocado. A classificação principal ainda oferece 25 pontos ao vencedor, mais 1 ponto pela volta mais rápida. Isso soma 33 pontos no total para a corrida principal, o que torna o fim de semana extremamente decisivo para o campeonato de pilotos.
Como a transmissão da Band mudou a cobertura da F1 no Brasil?
Após anos sem transmissão aberta da F1, a Band retornou em 2025 com a corrida principal e a classificação. Isso permitiu que milhões de brasileiros que não têm TV por assinatura pudessem acompanhar o campeonato. A BandSports, por sua vez, mantém a cobertura completa — um modelo que une acesso popular e profundidade técnica, algo raro no mercado brasileiro.
Por que Gabriel Bortoleto é tão importante para o Brasil?
Bortoleto é o primeiro brasileiro titular na F1 desde 2021, e o primeiro nascido no século XXI a correr na categoria. Sua chegada representa um renascimento da tradição brasileira na F1, após décadas de ausência de jovens talentos. Com o apoio da Sauber e da FIA, ele é visto como o futuro do automobilismo nacional — e sua performance em Austin pode definir se o Brasil voltará a ser referência na categoria.
O que faz o Circuito das Américas tão especial?
Com 5,513 km e 20 curvas, o COTA é um dos circuitos mais técnicos da temporada. A subida da curva 1, o famoso "Turn 1", exige força G máxima e é um local clássico para ultrapassagens. Além disso, o clima quente de Austin e a altitude de 210 metros acima do nível do mar afetam o desempenho dos motores e pneus, criando um desafio único que separa os bons dos grandes.
Por que a McLaren já é campeã de construtores, mas ainda corre com tanta intensidade?
Porque o título de construtores é apenas o primeiro passo. A equipe quer provar que é a melhor do mundo em todos os aspectos — e isso inclui vencer o campeonato de pilotos. Além disso, a reputação da marca, os contratos de patrocínio e o valor da equipe no mercado dependem de resultados consistentes. Não basta ser campeã em um título; querem ser dominantes em todos.
O que acontece se Piastri e Norris se colidirem na corrida?
A McLaren tem uma política rígida: não permitir colisões entre seus pilotos. Se isso acontecer, ambos correm o risco de serem punidos internamente — até mesmo com a perda de bônus ou mudanças na estratégia da equipe. A equipe já passou por isso em 2021, com Norris e Sainz, e não quer repetir. A pressão é enorme, mas o respeito entre os dois ainda é alto — por enquanto.
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