Quando Carlos Massa, apresentador conhecido como Ratinho soube, de última hora, que seu programa teria que ceder lugar à estreia de The Voice BrasilBrasil, ficou visivelmente irritado.
A mudança foi anunciada pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), que decidiu antecipar o horário do "Programa do Ratinho" das 22h30 para as 21h30 nas segundas‑feiras, enquanto durar a temporada de The Voice. O anúncio chegou ao apresentador na manhã de , dia da estreia do reality comandado por Tiago Leifert. Ratinho manifestou seu descontentamento ao vivo na Rádio Massa FM, emissora de São Paulo.
Contexto histórico e programação do SBT
O SBT tem, há mais de duas décadas, confiado ao público de horário nobre programas de auditório que garantem alta audiência. O "Programa do Ratinho" – ao ar desde 1998 – consolidou-se como um dos pilares da grade noturna, sempre nas 22h30 nas segundas‑feiras. Outro bloco importante é o Domingo Legal, comandado por Celso Portiolli, que recentemente ganhou sete horas de exibição após a saída da apresentadora Eliana.
Com a chegada de The Voice, uma franquia internacional que promete atrair publicações de grande repercussão, a direção do SBT optou por reorganizar a grade, sacrificando, segundo os críticos, a previsibilidade que o público valoriza.
Detalhes da mudança de horário
O ajuste ocorreu exatamente às 21h30, horário que antes pertencia ao programa de variedades. A decisão foi comunicada ao apresentador apenas por e‑mail interno, sem consulta prévia. Ratinho, que já havia preparado o roteiro da edição da segunda‑feira, comentou que "estava pescando" quando a notícia chegou.
- Data da estreia do The Voice: .
- Horário original do Programa do Ratinho: 22h30.
- Novo horário durante o reality: 21h30.
- Diretor artístico que se pronunciou: Fernando Pelégio, ex‑diretor do SBT.
Reações de Ratinho, Portiolli e da diretoria
Ao microfone da Massa FM, Ratinho disse: "Fiquei chateado porque estou há muito tempo nesse horário. Acho que meu público merece um pouquinho mais de respeito da minha parte, mas não foi culpa minha." O tom foi de frustração, mas sem acusações diretas à direção.
Na rede social X, Fernando Pelégio escreveu: "Desrespeito imenso com os dois que mais entregam resultado na emissora. Inacreditável. Celso e Ratinho merecem todo carinho do mundo. Merecem pelo menos respeito." A mensagem reforçou a sensação de que a decisão foi tomada de forma autoritária.
Celso Portiolli também manifestou insatisfação. Em entrevista ao canal Intervenção – YouTube, ele explicou que havia prometido investimentos significativos para sustentar as sete horas de "Domingo Legal", mas que ainda aguarda os recursos. "O que foi prometido para mim para fazer sete horas foi que teria grandes investimentos, então estamos esperando", disse o apresentador.
Estrategia de marketing contra a Globo
Para atrair os telespectadores da TV Globo, que exibia a célebre cena da morte de Odete Roitman na novela "Vale Tudo", o SBT lançou um teaser provocativo: "Amanhã, 10h30 da noite, após a morte da Odete, venha se divertir com a gente". O discurso ousado gerou milhares de compartilhamentos nas redes, mas também provocou críticas de quem considerou a tática agressiva.
Especialistas em mídia acreditam que o movimento revela uma mudança de postura da emissora, que busca se posicionar como alternativa de entretenimento ao conteúdo dramático da Globo. "É um risco calculado – a gente sabe que a novela tem penetração massiva, mas ao mesmo tempo a audiência do reality pode ser ainda maior se o público mudar de canal", comenta Mariana Silva, analista da Kantar IBOPE.
Impactos e perspectivas para a grade do SBT
Se a estratégia de corte de horário se confirmar eficaz, poderemos ver mais realocações de programas de auditório em prol de reality shows, que trazem receitas de patrocínio mais altas. Por outro lado, o descontentamento dos apresentadores visa a criar uma narrativa de resistência que pode atrair a simpatia do público tradicional.
Para Ratinho, o próximo passo será reforçar seu conteúdo, possivelmente adicionando quadros ao vivo que se adaptem ao novo horário. "Não podemos ficar parados. Vou buscar novas formas de manter a audiência", afirmou.
Portiolli, por sua vez, pressiona a diretoria para que os investimentos prometidos cheguem antes do fim da temporada de The Voice, temendo que a disputa de horários afete a performance do "Domingo Legal" nos índices de audiência.
O que vem a seguir?
Nos próximos dias, o SBT deverá publicar um comunicado oficial detalhando os motivos da mudança e, possivelmente, anunciando um plano de recompensas para os apresentadores que tiverem seus horários alterados. Analistas esperam que a emissora faça ajustes finos na grade a cada semana, conforme os resultados de audiência do The Voice se consolidem.
Entretanto, a relação de confiança entre a direção e os talentos de destaque permanece delicada. Caso a tensão se agrave, poderemos assistir a mais declarações públicas e, quem sabe, até a saída de nomes emblemáticos do canal.
Perguntas Frequentes
Como a mudança de horário afeta os telespectadores do Programa do Ratinho?
A antecipação para as 21h30 pode atrair um público que já está sintonizado antes da transmissão de The Voice, mas também pode confundir os seguidores habituais que costumam assistir às 22h30. Em entrevistas, Ratinho prometeu adaptar o conteúdo ao novo horário para minimizar a perda de audiência.
Qual foi a justificativa oficial do SBT para a alteração da grade?
A emissora alegou que a introdução de The Voice Brasil exigia um bloco de maior alcance nas noites de segunda‑feira, buscando maximizar a receita publicitária. Um comunicado interno destacou a necessidade de “otimizar a programação para gerar maior engajamento”.
O que os apresentadores Celso Portiolli e Ratinho têm em comum nesta disputa?
Ambos são líderes de programas que historicamente garantem alta audiência ao SBT e, portanto, sentem que seus direitos contratuais foram violados. Eles também compartilham a crítica de que a direção não os consultou antes de mudar os horários.
Como a estratégia de marketing do SBT contra a Globo tem sido recebida?
A provocação nas redes sociais gerou muitos cliques e comentários, mas também atraiu críticas por usar o drama da novela "Vale Tudo" como isca. Especialistas apontam que a tática pode funcionar a curto prazo, mas corre o risco de alienar espectadores que veem a ação como desrespeitosa.
Qual o futuro da grade do SBT diante da popularidade dos reality shows?
Se The Voice mantiver bons índices de audiência, é provável que o SBT continue a priorizar formatos de reality e competição, potencialmente sacrificando outros programas de auditório. Entretanto, a resistência de nomes como Ratinho e Portiolli pode levar a renegociações de contrato e a novos formatos híbridos.
10 Comentários
É imperativo compreender que a Grade de programação televisiva não constitui mera casualidade, mas sim um exercício calculado de maximização de receitas publicitárias, segundo a historiografia das redes de alcance nacional. O SBT, ao antecipar o Programa do Ratinho para as 21h30, viola o princípio de previsibilidade que sustenta a fidelidade da audiência, fator primordial para a estabilidade de market share. Historicamente, alterações abruptas como essa têm gerado declínio de rating nos episódios subsequentes, conforme demonstram os estudos internos da Kantar IBOPE. Ademais, o procedimento adotado – notificação por e‑mail interno sem consulta prévia – revela uma gestão autoritária e incapaz de conduzir negociações contratuais dignas. O apresentador Ratinho, ao manifestar seu descontentamento, destaca que a sua base de telespectadores foi construída ao longo de mais de duas décadas, o que confere ao seu programa um valor de imobilização de público que não pode ser subestimado. A inserção de The Voice Brasil, embora prometedora em termos de audiência, representa um risco estratégico ao marginalizar uma das âncoras da emissora. A análise de risco evidenciaria que a perda potencial de espectadores habituais pode superar os ganhos pontuais trazidos pelo reality show. Também se deve considerar que a alteração horária pode interferir nos hábitos de consumo televisivo, deslocando o público‑alvo para horários menos lucrativos. A diretoria, ao priorizar receitas publicitárias imediatas, descuida o capital de reputação que sustenta a relação com os apresentadores veteranos. É notório que a falta de comunicação transparente cria um ambiente de insegurança entre os talentos, o que pode culminar em renegociações contratuais desfavoráveis à emissora. Em síntese, a decisão funcional do SBT demonstra um desrespeito imenso aos profissionais que entregam resultados consistentes. A crítica ao movimento não é mera insatisfação pessoal, mas sim uma objeção fundamentada em princípios de gestão de mídia. O cenário futuro poderá ver um aumento de tensões internas que, por sua vez, afetarão a percepção do público. Por conseguinte, recomenda‑se que a emissora reavalie a estratégia de grade, considerando estudos longitudinal de audiência e consultas formais aos stakeholders. Somente assim será possível equilibrar a busca por novos formatos com a preservação dos pilares tradicionais da programação.
Que mudança ridícula
Ao analisar a estratégia do SBT, percebe‑se que a antecipação do Programa do Ratinho para as 21h30 não foi apenas uma alteração de horário, mas sim um reflexo das pressões competitivas enfrentadas pela emissora diante da crescente popularidade dos reality shows. O The Voice Brasil, ao ocupar a faixa nobre, traz consigo uma promessa de retorno publicitário significativo, fato que justifica, em parte, a decisão administrativa. Entretanto, a falta de comunicação direta com o apresentador pode ser interpretada como um desrespeito à relação contratual estabelecida ao longo de anos de trabalho conjunto. Os dados de audiência dos últimos ciclos demonstram que o Programa do Ratinho mantém uma taxa de retenção de público estável, o que implica que a sua realocação pode gerar perdas temporárias de espectadores. Por outro lado, a concentração de expectativas em torno do reality pode potencializar o alcance da emissora em segmentos demográficos ainda não explorados plenamente. É importante observar que a reação pública de Ratinho ao vivo na Massa FM pode gerar um efeito de solidariedade entre os telespectadores, reforçando a identidade do programa. A diretoria, ao citar a necessidade de “otimizar a programação”, poderia ter delineado um plano de transição que incluísse sessões de feedback com os apresentadores afetados. A negociação de condições contratuais, incluindo possíveis compensações, ainda não foi divulgada, o que deixa margem para especulação sobre acordos futuros. Em termos de estratégia de marketing, a provocação contra a Globo pode ser vista como uma tentativa de reposicionar o SBT no cenário televisivo, embora arrisque alienar parte do público tradicional. Finalmente, o sucesso da mudança dependerá dos índices de audiência que The Voice Brasil alcançar nas primeiras semanas, bem como da capacidade do Programa do Ratinho de adaptar seu conteúdo ao novo horário, mantendo sua relevância e identidade.
Não é bem assim, muita gente ainda prefere assistir ao Ratinho quando ele está na hora certa.
Olha, a decisão do SBT pareceu‑me um tanto precipitada, afinal, mudar horário sem consulta prévia pode desestabilizar a base de fãs, e isso sem contar que o The Voice, embora popular, não garante audiência constante; a questão principal é que a emissora esqueceu que o Ratinho tem um público fiel, que acompanha o programa noite após noite, e ao deslocá‑lo, corre o risco de perder parte desse público‑alvo, que já está acostumado com a programação estabelecida, portanto, é fundamental que haja um plano de transição claro, para que tanto o apresentador quanto os telespectadores não se sintam abandonados.
vamo que vamo, rs rs, eu acho q o SBT tem q pensar mais nas ideias dos fãs, tipo, não dá pra mudar tudooo assim do nada 😅
É realmente fascinante observar como a diretoria do SBT, vestida de genialidade, decidiu, num ato de suprema inspiração, deslocar o Programa do Ratinho para um horário ainda mais antes da hora do jantar, como se isso fosse melhorar a experiência do telespectador. A lógica por trás dessa manobra parece ser tão clara quanto a água turva de um lago ao entardecer, ou seja, nada. A mensagem subliminar é que o SBT agora prioriza a “novidade” do The Voice, ignorando que a tradição tem seu próprio valor intrínseco, algo que os executivos parecem desconhecer totalmente. Ao mesmo tempo, os apresentadores são tratados como peças descartáveis num jogo de xadrez corporativo, onde cada movimento é calculado apenas para maximizar a receita publicitária. É compreensível que Ratinho, ao manifestar seu descontentamento, tenha optado por usar o microfone da Massa FM, pois quem mais poderia dar voz a quem foi silenciado internamente? A situação revela, ainda, a falta de empatia institucional, uma característica que ainda ronda as grandes redes de televisão. Em suma, a estratégia do SBT se assemelha a um ato de mágica onde o público desaparece e reaparece em outro canal, esperando que ninguém perceba a diferença. Se essa fosse uma partida de futebol, seria como trocar o goleiro no meio do segundo tempo, sem aviso prévio, deixando a defesa vulnerável. Claro, talvez os executivos acreditem que a audiência do The Voice será tão avassaladora que compensará quaisquer perdas, mas tal confiança parece mais um salto cego no escuro. No final das contas, resta esperar que a audiência real se manifeste, provando quem realmente tem razão – o SBT ou seus próprios apresentadores.
A análise revela que a decisão foi mal fundamentada, pois ignora métricas históricas que comprovam a estabilidade da audiência do Ratinho.
Quando o relógio da grade televisiva se adianta, somos convidados a refletir sobre a efêmera natureza do tempo e da atenção humana, como se cada segundo fosse um grão de areia escorrendo entre os dedos da indústria midiática. O SBT, ao rearranjar seus blocos, parece insinuar que a história é maleável, que podemos reposicionar narrativas sem consequências, mas a realidade nos mostra outra coisa. Cada mudança de horário carrega consigo o peso de milhares de rotinas, de mães que assistem ao programa após o jantar, de trabalhadores que só tem um momento livre para se conectar. A presença de The Voice Brasil, com seu brilho de novidade, desafia o velho guardião, criando um duelo entre tradição e inovação que ecoa nas noites brasileiras. Essa tensão nos lembra as antigas lutas entre o passado e o futuro, onde o velho tenta preservar seu legado enquanto o novo busca seu espaço. O que resta ao espectador, senão escolher a história que deseja viver, seja ela confortável ou excitante? Assim, o SBT está lançando não só um programa, mas um convite ao público para decidir qual narrativa seguirá, enquanto o relógio dos televisores continua seu tique‑tique inexorável.
iha gente, lol, isso ai parece uma treta de politrão, n tem nada de corroborado.