VAR: entenda a tecnologia que mudou o futebol

Se você acompanha um jogo de futebol, provavelmente já ouviu o som da buzina do VAR ou viu o árbitro indo conferir a tela. Mas o que realmente é o VAR e por que ele está sempre no centro das discussões? Vamos explicar de forma simples, sem rodeios, e ainda usar um caso recente para ilustrar.

Como o VAR funciona na prática

VAR significa "Video Assistant Referee" – o assistente de árbitro por vídeo. Quando o árbitro principal tem dúvidas sobre uma jogada decisiva – gol, pênalti, cartão vermelho ou confusão de identidade – ele pode pedir ajuda ao VAR. Uma equipe de árbitros assistentes, em uma sala de controle, revisa imagens de várias câmeras em alta definição. Em poucos segundos eles enviam um sinal ao centro do campo e, se necessário, o árbitro interrompe a partida para analisar a decisão num monitor à beira do gramado.

O processo tem três passos básicos: revisão automática de lances críticos, comunicação ao árbitro principal e, se houver dúvida, a revisão no monitor. Tudo isso acontece rapidamente para não atrapalhar o ritmo do jogo.

Benefícios e críticas do VAR

O ponto positivo mais óbvio é a redução de erros claros. Lances que antes poderiam mudar o destino de um campeonato agora têm uma segunda chance de ser checados. Por outro lado, o VAR gera interrupções que quebram a fluidez da partida e, às vezes, cria novas controvérsias quando a decisão depender de interpretações subjetivas.

Um exemplo recente que gerou bastante discussão foi o jogo entre Cruzeiro e São Paulo, válido pela 22ª rodada do Brasileirão. O gol de Matheus Pereira, marcado nos acréscimos, foi confirmado por revisão de VAR após o árbitro assistir ao replay. A decisão manteve a vitória do Cruzeiro por 1 a 0 e acabou sendo o fator decisivo para o fim de um jejum de seis anos sem vitórias no campeonato. Fãs do São Paulo reclamaram da demora, enquanto torcedores do Cruzeiro celebraram a justiça da tecnologia.

Além de lances como esse, o VAR também tem impacto em pênaltis. Quando um árbitro erra a marcação, a revisão pode transformar um não-pênalti em decisão clara, evitando injustiças que antes eram aceitas como parte do jogo.

Mas a tecnologia tem limites. Em situações de impedimento muito apertado ou faltas que ocorrem fora da câmera principal, o VAR pode não ter imagens suficientes. Nesses casos, o árbitro volta a confiar em sua percepção, o que pode gerar críticas sobre a consistência das decisões.

Para quem acompanha o futebol, entender esses detalhes ajuda a aceitar – ou questionar – o uso do VAR sem perder a emoção do jogo. Lembre-se: a tecnologia está aí para apoiar, não substituir, o árbitro. Quando funciona bem, garante que gols como o do Cruzeiro não sejam anulados injustamente; quando falha, lembra que ainda somos humanos.

Portanto, da próxima vez que ouvir a buzina do VAR, pense no trabalho por trás da decisão e nos impactos que ela tem no resultado final. Seja a favor ou contra, o VAR já faz parte do cenário futebolístico e continuará evoluindo com novas regras e melhorias técnicas.

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